sábado, 2 de outubro de 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

CHEGOU A HORA!


Chegou a hora
Hora de encerrar este capítulo da minha vida
Hora de deixar para trás o peso da personagem em que me tornei
Hora de voltar à minha vida como EU
Com tudo o q me tornei e com a porta aberta para tudo o q ainda posso ser
Hora de crescer
Hora de deixar de ser órfã
Voltar a ser apenas a filha dos pais q serão sempre meus
Hora de assumir a responsabilidade da minha vida
Hora de deixar de ser a Filipa q perdeu os pais
Hora de deixar de me apoiar nesta moleta
Hora de seguir pelo meu pé, mesmo quando coxeio
Hora de deixar de ser a vítima
Hora de tirar aprendizagem do passado
Hora voltar a pôr os olhos no amanhã...com a herança q trouxe do ontem
....

Este blog n tem mais espaço em mim
....

Eu ainda choro
Eu ainda sofro momentos tão cruéis q nunca saberei descrever
Eu ainda sinto um vazio em mim que a saudade me lembra que nunca me abandonará
Eu ainda acordo, alguns dias, sem vontade de me levantar
Eu ainda sonho q eles vão entrar novamente pela porta do meu olhar e abraçar-me
E dizer-me q é tudo mentira
Mas eu já sou mais q isso...
EU LIBERTEI-ME
Libertei-me de mim
Libertei-me também do me bloqueava a evolução individual
Eu cresci
E se cresci neste ano
Cresci porque descobri tantas coisas q n conhecia
Cresci porque aprendi coisas que não sabia
Descobri que há caminhos q n são meus
E que tenho de deixar as pessoas trabalharem o seu próprio crescimento
Descobri q MÃE SÓ HÁ UMA
Descobri que o amor n nos cobra
Não exige de nós sofrimento
N exige q sejamos algo q n somos
Dá, sem esperar em troca
O AMOR JAMAIS JULGA
E muito menos nos difama
O amor exige perdão e quem n sabe perdoar n ama
Eu descobri n posso julgar as educações
Q nem todos tiveram a mesma sorte q eu
De ter uns pais q sabem qual é a hora de nos deixar cair para aprendermos
Pais q n castram, q dão a liberdade de crescer
E por isso nos dão suporte para sabermos continuar
Quando já n estão cá para nos ajudar
Eu descobri q há gente q diz amo-te sem sentir
Eu descobri q fui uma dessas pessoas
Eu descobri q tive uma sorte imensa na minha vida por ser filha de quem sou
Eu aprendi a tirar o bom do mau
Eu aprendi a perdoar e a esquecer os outros e a mim
Eu descobri q na maioria das vezes quando uma pessoa nos irrita
É porque tem algo q nós próprios n soubemos resolver em nós
O ódio e a mágoa têm efeito de espelho
EU DESCOBRI O AMOR
Um amor tão genuíno, puro e verdadeiro
Que n só me aceita como eu sou
Como me obriga a ser eu
Eu encontrei alguém q me faz ser a pessoa q nasci para ser
Sem medo de errar, sem medo de estar só comigo
Q me faz valorizar cada pedaço meu
Q faz exalar o melhor de mim
Eu descobri a CUMPLICIDADE
A força de um olhar, a comunicação de um sorriso
Eu "ganhei" isto tudo porque me permiti
Permiti-me a MUDAR
Permiti-me a aceitar q há alturas na nossa vida
Em que temos de saber que há coisas q têm de ser abandonadas
O acabado tem de ser deitado fora
Ter a coragem de trocar de caminho
Sair do hábito e da rotina
E permitir a vida entrar nos trilhos para evoluir
Ter coragem de entrar no rio da vida
Em vez de ver a vida passar, sentada da margem
Eu aprendi a amar-me
E por isso posso agora amar os outros, com o melhor de mim
Eu descobri q tenho ainda tanto para crescer
Tanto para aprender
Eu reaprendi a ser aluna...e eu sempre adorei aprender!!
Tenho os olhos postos no futuro
Ao passado vou apenas de tempos a tempos para recordar
Para me lembrar do que aprendi
Agora centro-me no dia que tenho nas mãos
Saboreio-lhe cada segundinho,com o frenesim bom, de quem voltou a sonhar
Com o tudo q pode fazer do mundo
Com o tanto q tem
Se de vez em quando se permitir a VER
O tanto q a vida nos dá a cada acordar
Sei muito bem o q quero para mim
E sei também o que preciso para estar completamente realizada

....

Porque acertei o relógio da vida
Já n sou "de alguém"
Sou minha
E quero tudo o q seja "de mim" a q eu tenha direito

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ausência presente

Andar afastada das palavras nunca me soube tão bem...

Andar a viver a MINHA vida outra vez...

Descobrir-me em cada recanto dos sorrisos q eu me esqueci de ter...

Relembrar-me do q sou e do q de novo aconteceu em mim...

Querer ser mais do q a cortina q coloquei entre o meu olhar e o mundo...

Voltar a acontecer em cada passo sem medo de ser...

Redescobrir as cores da vida, escutar cada momento como se fosse uma criança q vibra a cada descoberta dos sons, das texturas, dos sabores...

Ai amigos, soubesse eu escrever a felicidade q sinto no já e no agora, a confiança q voltei a ter em mim e no futuro...e eu n saía daqui...

Mas n sei...e por isso, cada dia que n venho, leiam em mim o q eu n sei escrever, mas cada uma das pessoas q me faz sorrir assim, sabe tão bem ler...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quando acreditei dei...
Tudo, porque não sei ser às prestações
Vou sem duvidas, só eu e o medo de errar
Sempre assim, porque quem tem, tem medo de deixar de ter
Mas mais vale errar, que deixar de ser
Não condeno os caminhos sem os percorrer
Não os pinto com o sangue das feridas que me fizeram crescer
Vou e vou com tudo o que sei ter
Arrisco os mesmos erros dos outros, não os que a mim pertencem
Acredito das pessoas e na sua essência
E com isto se estou nas mãos da vida...
Talvez seja até essa a magia
Porque o perfeito vem duma sucessão se erros
E eu n sou feita de enredos
Sou o filme avariado e sem sentido
Que se faz a cada suspiro
Com tudo o que é feio e bonito
Sem mentiras ou palavras por dizer
Foi assim que vi o sorriso acontecer
E esta alegria merecida, eu n volto a perder

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

De Volta

A voz faltou-me sim
E eu deixei q ela fizesse folga
Dos tempos e das verdades q eu n soube contar
Sentia rouca a principio
Foi esmorecendo até q se extinguiu
Porque n encontrou as minhas verdades
Nem o perdão de mim mesma
E eu deixei-a abandonar-me, n a fechei na minha mão
Prisioneira do q eu própria n sabia dizer
Calei-me no silencio da culpa
Sofri na mudez das dúvida
Mas lancei-me ao vento da mudança q escolhi
Libertei-me das culpas e da pena de mim e dos outros
Libertei-os e libertei-me a mim
Sou eu com todas as mentiras e verdades q um ser humano tem
E, na crua e pura verdade, n posso obrigar ninguém a aceitar-me
Mas eu reencontrei-me comigo
Arranjei lugar para a dor da consequencia do q fiz
E ela veio, cantada numa melodia q eu n esqueci
Disse-me q lhe faço falta como ela a mim
Fiz as pazes com a minha voz
E estou de volta,
Com tudo o q ela me deixar falar

terça-feira, 28 de julho de 2009

Por MIM!


E se eu me encontrar por aí,

Nos tempos que a memória apagou?

Quantos espaços serão mudados, reciclados?

Quantos corações serão partidos?

Queria poder dizer que não me importo....

Que sou egoísta e que só penso em mim

Mas não posso...

Ainda assim, é o MEU tempo,

E eu não posso mudar os ventos do destino.

Sou um coração que acolhe, mas antes de tudo...

SOU EU!

E o coração é meu.

Já fui, entrei no barco e não vou sair...

Daqui para lá, só tempo,

Tempo para escrever a verdade,

Bruta, sem mais "ses",

Sou eu comigo,

E preciso ser assim,


Para ser feliz...

domingo, 26 de julho de 2009




Parida no momento em que o tempo nos cruzou,

uma amizade,

que em irmãs nos tornou

...


És, assim, inevitavelmente, um sol na minha noite, amiga



segunda-feira, 13 de julho de 2009

.....

Era longe
E a distância não me cabia
Quanto mais eu andava
Mais longe me via
Cega do passado
E do que queria
Tentando não sonhar
Com o que não acontecia
Quanto mais atiçava a chama
Mais a noite caia
E eu sem luz nem mapa
A cada passo mais me perdia
Olhava em volta de mim
E nada acontecia
Gritava com mais força
E me ouvia mais emudecida

Não fui mais porque acordei
Olhei em volta e não me espantei
Tudo igual sem ser o que sou
Porque só estou bem, onde não estou...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O Roscas

Assomou na esquina.
Instintivamente a minha alegria chamou por ele.
E ele veio, sedento de se afagar nas minhas mãos moles de saudade.
Chamei-o pelo nome que a rua que o adoptou lhe designou.
Perguntei-lhe naquele tom de voz tão parvo, que só a nossa tentativa de inocência canina pode alcançar, se queria comer.
Rapidamente ligou a ventoinha peluda e começou a dançar ao meu redor.
Foi aí que o olhei de frente.
E senti-me...transparente!
Nunca nenhum olhar humano me viu, como aqueles olhos caninos o fizeram.
Espelhou em mim a inocência sincera do que ele é e eu nunca poderei ser.
Ficou ali, á espera somente do que eu lhe tinha para dar, aguardando o tempo que eu decidi que tinha para ele.
Não me pediu mais, voltou-me a barriga para um último carinho e lambeu-me as mãos, num ritual fácil.
Foi rua abaixo e voltou a esquina, não sem antes procurar o meu olhar num "até logo silencioso".
Até chegar à cama tosca que alguém carinhosamente preparou para ele, foi cumprimentando um sem número de corações conquistados pela sua simpatia agradecida.
Às vezes vejo-o farejando esses cantos afora e pergunto-me se procura a família que não o foi, quando decidiu que ele já não fazia parte dela.
Jogado na rua não faz, de certeza julgamento e, acredito, que seria vê-lo a abanar a sua ventoinha peluda se encontrasse quem não o procura mais.
Este é o meu novo amigo!
Não há chuva, cansaço ou noite mal dormida que o impeçam de me dar um bom dia, uma boa tarde, um até amanha.
Não há tempo que falte, que o faça não ter tempo para mim, e para todas as mãos que lhe dão o que podem dar, não há falta de tempo, que o seja para os seus amigos...
Dou por mim hoje a pensar, estarei assim tão louca, ou apenas tomando consciência da minha condição defeituosamente Humana, quando hoje digo "caramba, as coisas que eu aprendo com um cão!"

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fotografias Da Alma

Quando eu penso nessas amizades, sem formas nem vaidades, que só conhecem as verdades, do que somos sem entraves; eu transcendo em alegria, por esta, para muitos, utopia, ser para mim uma mais valia, que fortalece o que sentia, quando em pequena dizia, que de nada serve a fotografia, a posição ou a hierarquia, mas sim a pessoa embutida, na real forma do que sentia.
Os rostos que conhecemos, resumem-se a um quadrado fotografado, escolhido por um qualquer significado, para ser apresentado, a quem pouco importa o penteado, o peso, a altura, ou o explicitado.
O que queremos é o camuflado, o que está por baixo do declarado, aquilo que se revela pelo teclado, de cada vez que por um qualquer chamado, necessitamos que seja partilhado, o nosso eu mais purificado, o nosso ser mascarado, por essa forma do quadrado fotografado.
Então de cada vez que eu leio deliciada, de qualquer um desses amigos da estrada, esta cujo alcatrão é palavra, eu volto orientada, para o meu caminho nesta jornada, em que no fim, vale mesmo é a caminhada, e a voz soletrada, que não pode ser fotografada.